sexta-feira, 27 de novembro de 2009

ESPÉCIES DE COBRAS

Sucuri

Eunectes notaeus

A sucuri, também conhecida como anaconda, é uma cobra sul-americana da família Boidae, pertencente ao género Eunectes. Tem a fama de ser uma cobra enorme e perigosa . Existem quatro espécies, das quais as três primeiras ocorrem no Brasil:

São ainda conhecidas como arigbóia, boiaçu, boiçu, boiguaçu, boioçu, boitiapóia, boiuçu, boiuna, sucuriju, sucurijuba, sucuriú, sucuruju, sucurujuba e viborão.

Cobra com patas (desvenda mistério evolutivo)



Fóssil de espécie que andava em terra indica que serpentes não descendem de lagartos marinhos

Reconstituição da serpente Najash rionegrina , que tinha hábitos terrestres e provavelmente usava túneis subterrâneos. Destaque para as patas traseiras funcionais, adequadas para escavar ou rastejar (arte: Jorge Gonzalez).

Um estudo brasileiro pode pôr fim a uma acirrada controvérsia sobre a evolução das serpentes. O zoólogo Hussam Zaher, pesquisador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, analisou fósseis da mais antiga espécie de cobra já encontrada e constatou que ela era terrestre, tinha patas traseiras funcionais e quadril. Os resultados indicam que as serpentes não são descendentes de lagartos marinhos primitivos, como sustentavam alguns pesquisadores.

A descoberta será apresentada na revista Nature desta quinta-feira, em artigo que Zaher assina ao lado do palentólogo Sebastián Apesteguía, do Museu Argentino de Ciencias Naturais ‘Bernardino Rivadavia’, que encontrou os fósseis na província de Rio Negro, na Patagônia (Argentina), em 2003. A datação dos sedimentos em que o material foi encontrado indica que a serpente – chamada Najash rionegrina – viveu no período Cretáceo Superior (há 90 milhões de anos).

O estudo dos fósseis aponta a presença de diversas características primitivas, como um par de patas traseiras unidas ao corpo com quadril, sugerindo que a serpente tinha uma musculatura bem desenvolvida, ou seja, funcional. “Como foram encontrados em sedimentos continentais, os fósseis sustentam a hipótese de que as cobras tenham se originado de um ancestral terrestre e que somente depois conquistaram o meio aquático”, conta Hussam Zaher em entrevista à CH On-line .

Uma discussão antiga



A origem da controvérsia sobre a evolução das serpentes remonta a 1997, quando pesquisadores australianos e canadenses analisaram o fóssil de uma cobra marinha com patas traseiras encontrado em Jerusalém. A espécie – a mais antiga conhecida até então – foi considerada o elo perfeito com os lagartos marinhos primitivos, um indício de que as serpentes teriam surgido no mar.

Zaher apresentou em 2000 na revista Science outra análise desses dados e descreveu uma segunda espécie de serpente com a mesma idade, bem mais conservada, descoberta nesse mesmo local. As conclusões de Zaher e de seus colaboradores sustentam que se tratava de cobras marinhas modernas, que nada explicavam sobre a origem das serpentes. A discussão permaneceu então com interpretações diferentes e perdeu ânimo pela falta de novidades fósseis.

“A espécie que acabamos de descrever dá novo fôlego para a discussão”, avalia Zaher. “As cobras anteriores apresentavam patas traseiras que ficavam por dentro das costelas, sem conexão com o corpo e que, portanto, não eram funcionais.”

Zaher considera que o novo fóssil sustenta claramente a hipótese da origem terrestre das cobras, mas reconhece que a questão ainda está longe de ser resolvida. “As serpentes se originaram no final do período Jurássico e início do Cretáceo (cerca de 145 milhões de anos atrás) e ainda não foram descobertos fósseis dessa época. A perda das patas anteriores ainda é uma questão sem resposta.”

Cobra Coral

Linda e Fatal

Venenosa ou não, as cobras geralmente são tão desagradáveis que é difícil achá-las simpáticas ou belas.

A cobra coral, porem, é de fato bonita.Seu corpo delgado é ornado de anéis nas cores amarelo e preto e vermelho.

A grande família de coral consiste em 30 espécies encontradas nas florestas dos quatro continentes: sul da África, sul da Ásia, Austrália e América Central e do sul; duas espécies da América Central ocorrem também no Sudoeste no dos Estados Unidos.

A cobra coral do Amazonas vive no solo, oculta em parte sob a camada de húmus da floresta.

Essa linda cobra trás na boca duas presas venenosas. Suas mandíbulas são uma armadilha para cobras pequenas, mesmo venenosas, que vivem nas regiões pantanosas.

A cobra coral, por sua vez, pode ser engolida pelo "mocasim", serpente venenosa dos Estados Unidos, e pelo guaxinim, que evita seu veneno, mordendo atrás da cabeça.

O veneno da coral ataca o sistema nervoso central, e quase sempre mata. A cobra, no entanto não é perigosa, pois não se prepara para o bote como a maioria das cobras venenosa.

Geralmente sua vítimas são crianças que andam descalças.

Quando falamos de cobra coral, se fala em venenosa(corais verdadeiras) e coral não venenosa (coral falsa).

As verdadeiras pertencem a família elapidae, com grande diversibilidade geográfica Inclusive no Brasil, sendo as mais encontradas:
Micrurus frontalis e Micrurus corallinus, essas entre as mais venenosas, sua picada quase sempre é mortal mesmo para o homem adulto, sendo necessário o sôro anti-elapí dico de imediato.

As “falsas”corais ou “não venenosas”pertencem em sua grande maioria a família das colubridae, onde suas presas ficam localizadas no fundo de sua boca, dificultando a mordida.

É extremamente difícil que uma pessoa leiga no assunto consiga com certeza afirmar qual o tipo de coral visualizada, pois todas apresentam lindas cores (preto, vermelho, branco ) dispostas em anéis, por isso é mais prudente sempre que puder nos afastarmos ao máximo desses perigosos ofídios.


Nos Estados Unidos, existem aproximadamente 25 espécies de cobras venenosas nativas. Elas são crotalídeas (cascavéis, jararacas, trigonocéfalas), cobras corais e algumas espécies de colubrídeas (cobras com presas posteriores). Embora mais de 45.000 pessoas sejam picadas por cobras nos Estados Unidos a cada ano, menos de 8.000 mordidas por cobras venenosas são notificadas e o número de vítimas fatais é inferior a 15. A maioria das mortes é de crianças, pessoas idosas, pessoas não tratadas ou tratadas inadequadamente e pessoas que pertencem a seitas religiosas em que os membros manipulam cobras venenosas. As cascavéis são responsáveis por aproximadamente 70% das picadas de cobra venenosa nos Estados Unidos e por praticamente todas as mortes. As jararacas e, em menor extensão, as cobras trigonocéfalas são responsáveis pela maioria das outras picadas de cobra venenosa. As cobras importadas, encontradas em zoológicos, fazendas de criação de cobras e coleções amadoras ou profissionais, são responsáveis por cerca de 15 picadas por ano.

Nem sempre as picadas de uma cobra venenosa resulta no envenenamento por veneno de cobra. O veneno não é injetado em aproximadamente 25% de todas as picadas de cobras colubrídeas e em aproximadamente 50% das picadas de cobras elapídeas e corais. O veneno de cobra é uma mistura complexa que contém muitas proteínas que desencadeiam reações prejudiciais. Direta ou indiretamente, o veneno de cobra pode afetar praticamente todos os sistemas orgânicos.

O veneno da cascavel e de outras crotalídeas lesa o tecido em torno da picada, causa alterações das células do sangue, impede a coagulação sangüínea e lesa os vasos sangüíneos, acarretando sangramento. Essas alterações podem causar hemorragia interna e insuficiência cardíaca, respiratória e renal. O veneno das cobras corais afeta a atividade do sistema nervoso, mas causa poucos danos ao tecido em torno da picada.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas do envenenamento por veneno de cobras crotalídeas variam bastante, dependendo do tamanho e da espécie da cobra, da quantidade e da toxicidade do veneno injetado, da localização da mordida, da idade e compleição física da vítima e da presença de outros problemas médicos. A maioria das picadas localizam-se na mão ou no pé. Geralmente, as picadas de cascavéis, trigonocéfalas e jararacas causam dor imediatamente após o veneno ser injetado. A região edemacia (incha) em 10 minutos. Esses sintomas raramente demoram mais do que 20 a 30 minutos para se manifestarem. A dor pode variar de leve a intensa. A picada de uma cobra venenosa pode ser diagnosticada baseando-se nas marcas das presas, no rubor, na dor, no edema e no formigamento e dormência dos dedos das mãos ou dos pés ou em torno da boca, entre outros sintomas. Após a picada de algumas espécies de cascavéis, foi descrita a ocorrência de um sabor metálico ou de borracha na boca.

Quando não tratado, o edema pode progredir, afetando todo o membro inferior ou superior em algumas horas. Os linfonodos da área também podem aumentar de volume e tornar-se dolorosos. Outros sintomas incluem a febre, calafrios, fraqueza generalizada, sudorese, náusea e vômito. A dificuldade respiratória pode ocorrer, sobretudo após uma picada de cascavel do Mojave. A vítima pode apresentar cefaléia (dor de cabeça), borramento da visão, ptose palpebral (pálpebras caídas) e boca seca.

O envenenamento moderado a grave por veneno de cobra crotalídea geralmente produz equimose na pele, que pode surgir 3 a 6 horas após a picada. A pele em torno da picada parece tensa e muda de cor. Pode ocorrer a formação de bolhas na área da picada em 8 horas e, freqüentemente, elas apresentam sangue no seu interior. A falta de tratamento pode acarretar destruição do tecido circundante e a formação de coágulos de sangue nos vasos sangüíneos.

O veneno de muitas crotalídeas, particularmente as cascavéis, impede a coagulação do sangue. As gengivas podem sangrar e a pessoa pode apresentar sangue no vômito, nas fezes e na urina. Os resultados dos exames de sangue que avaliam a coagulação podem ser anormais e o número de plaquetas (os componentes do sangue responsáveis pela coagulação) pode estar significativamente reduzido.

Em geral, as picadas de cobra coral causam pouca ou nenhuma dor e edema. Os principais sintomas são causados por alterações do sistema nervoso. A área em torno da picada pode formigar e os músculos próximos podem tornarse fracos. A seguir, a pessoa pode apresentar incoordenação muscular e fraqueza generalizada intensa. Outros sintomas incluem distúrbios visuais e aumento da produção de saliva, além de dificuldades da fala e da deglutição. Em seguida, podem ocorrer problemas respiratórios, que são algumas vezes graves.

Tratamento

As picadas de cobra venenosa são emergências médicas que exigem atenção imediata. Antes de iniciar o tratamento, a equipe médica de emergência deve tentar determinar se a cobra era venenosa e se ocorreu injeção de veneno. Quando o veneno não foi injetado, o tratamento é o mesmo de um ferimento puntiforme, isto é, uma limpeza meticulosa e a aplicação de uma dose de reforço da vacina antitetânica.

Uma vítima de uma picada de cobra crotalídea deve manter-se o mais calma e quieta possível, aquecida e deve ser transportada imediatamente ao serviço médico mais próximo. O membro picado deve ser imobilizado, sem ser apertado demasiadamente, e mantido abaixo do nível do coração. Anéis, relógios e roupas apertadas devem ser removidos e nenhum estimulante deve ser administrado. Um extrator de Sawyer (um dispositivo que aspira o veneno do local da mordida, destinado aos primeiros socorros) deve ser aplicado sobre a mordida em cinco minutos e mantido durante 30 a 40 minutos, durante o transporte para o hospital para a continuação do tratamento.

O antídoto (soro anti-ofídico), que neutraliza os efeitos tóxicos do veneno, é uma parte importante do tratamento da maioria das mordidas de cobra. O soro anti-ofídico é administrado pela via intravenosa. Além disso, é administrada uma dose de reforço da vacina antitetânica e, ocasionalmente, é necessária a administração de antibióticos.

O tratamento geral para mordidas de cobra coral é o mesmo que o para as mordidas de cobras crotalídeas. Quando a vítima apresenta problemas respiratórios, o suporte ventilatório pode ser necessário. O soro anti-ofídico pode ser necessário. Deve ser administrado um que seja específico para mordidas de cobra coral. Em todos os casos de envenenamento por mordida de cobra, particularmente em crianças e idosos, um Centro de Controle de Intoxicações deve ser contatado. Para orientações sobre o tratamento de uma mordida de cobra importada, o primeiro local que deve ser contatado é o parque zoológico ou um centro de controle de intoxicações local. As pessoas que trabalham nesses locais sabem onde obter o soro anti-ofídico e têm uma listagem dos médicos especializados no tratamento dessas mordidas.

Picadas de Lagartos Venenosos

Os dois únicos lagartos venenosos são o lagarto perolado do México e o monstro Gila, encontrado no Arizona e Sonora, México e nas áreas adjacentes. O veneno desses lagartos é bastante similar em conteúdo e em efeito ao veneno de algumas cobras crotalídeas. Os sintomas mais comuns incluem a dor, o edema e a alteração da cor da área em torno da mordida, além de linfonodos com volume elevado. A fraqueza, a sudorese, a cefaléia e o tinido (som de campainha nos ouvidos) podem ocorrer. Nos casos graves, pode ocorrer queda da pressão arterial. O tratamento é semelhante ao das mordidas de cobras crotalídeas. Não existe um soro antiofídico (antitoxina) específico.

Picadas de Aranhas

Quase todas as aranhas são venenosas. Felizmente, as presas da maioria das espécies são muito curtas ou frágeis para penetrar a pele humana. Nos Estados Unidos, no entanto, pelo menos 60 espécies foram implicadas em picadas de seres humanos. As espécies não nativas podem entrar no país juntamente com frutas, vegetais e outros materiais. Embora as tarântulas nativas dos Estados Unidos sejam consideradas perigosas, as suas picadas não causam problemas graves ao ser humano. Em média, picadas de aranha causam menos que 3 mortes por ano nos Estados Unidos, geralmente de crianças.

Apenas alguns venenos de aranhas foram estudados detalhadamente. Os venenos estudados são complexos e contêm enzimas e outras proteínas que causam várias reações no corpo.

Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada.

Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto).

Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.

Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.

Cauda curta, afinada bruscamente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.

Não Venenosas

Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.

Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.

Cabeça com placas em vez de escamas.

Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, foge.

Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.

1. Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsas é irrelevante, pois não trará nenhum perigo à sua saúde.

2. Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a cauda para lhe espantar com o ruído. Repetimos que o chocalho é muito óbvio e fácil de reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

Chocalho

As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam a maturidade após 2 anos (as grandes cobras, jibóia e sucuri, após 4 ou 5). Durante suas vidas os ofídios mudam a pele regularmente e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no campo.

A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. A finalidade é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.

3. Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.

4. Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...

Coral-verdadeira (Micrurus)

Coral

Sua picada causa dificuldade em abrir os olhos e visão dupla e "cara de bêbado" (como a cascavel) mas, além disso, sufocação.

O tratamento consiste na aplicação do soro anti-elapídico e apenas este. As corais verdadeiras existem em todo o Brasil, e em qualquer terreno. A diferença da falsa-coral é que nesta, os anéis não contornam todo o corpo da cobra.

Micrurus corallinus

Micrurus decoratus

Micrurus frontalis

Micrurus lemniscatus

Uma das serpentes mais venenosas. Geralmente devido o veneno ser “neurotóxico”, o acidentado não sente muita dor no local da picada.Poucas horas após o acidente aparece a " visão dupla " , associada à queda das pálpebras - "cara de bêbado" .

Outro sinal do envenenamento é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do acidentado.

Deve o acidentado procurar um hospital o mais rápido possível por se tratar de um veneno muito agressivo.
Considerar todas as corais como serpentes venenosas.